Encontro da CDU projecta o futuro

Garantia de progresso<br>em Loures

Com a participação de 120 eleitos e activistas e 23 intervenções, o Encontro da CDU de Loures, que se realizou no dia 14 de Maio, no Centro Escolar das Mós, em Camarate, fez um balanço do trabalho realizado e perspectivou os projectos e intervenções futuras.

Inverter o caminho de progressivo declínio

Esta iniciativa – com a participação de Jorge Pires, da Comissão Política do Comité Central do PCP, e de Bernardino Soares, presidente da Câmara de Loures – encerrou as Jornadas Autárquicas de Loures, que constituíram um intenso trabalho de contacto com as populações, permitindo com isso um levantamento apurado das questões e dos problemas mais sentidos. Particular relevância tiveram os dez encontros locais realizados por eleitos e activistas da CDU em todas as freguesias do município, que contaram com mais de 300 presenças e cerca de 90 intervenções.

A realização deste encontro concelhio, na continuidade do trabalho já desenvolvido, é expressão do princípio fundamental que caracteriza o projecto autárquico da CDU: a participação e a prestação de contas à população, que se vai prolongar durante todo o mês de Junho com acções diversas nos bairros e localidades do concelho.

Referência

«Com os olhos no futuro», o projecto da CDU pretende inverter o «caminho de progressivo declínio» e afirma-se como «referência no contexto metropolitano de Lisboa, pela sua qualidade de vida».

Na resolução política do encontro, dá-se a conhecer alguns dos projectos já em concretização, como a revitalização nos centros urbanos do concelho, com início em Loures, Camarate, Sacavém e Moscavide, «melhorando o espaço público e devolvendo-o às pessoas, incentivando a dinamização económica e a recuperação do edificado privado, tornando as nossas cidades e vilas mais atraentes e vivas, a que se seguirão outros centros urbanos».

Em Loures, a CDU quer ainda inverter o «divórcio» e o «afastamento» existentes com o Tejo, devolvendo, progressivamente, «a sua fruição à população». Para isso, avançou-se com o projecto da Frente Ribeirinha, em conjunto com Lisboa e Vila Franca de Xira; propôs-se a criação do Parque da Várzea, tornando os 1700 hectares da várzea de Loures num elemento integrador do território, área de produção e lazer; efectivou-se uma nova ligação entre as zonas Norte e Oriental, dando mais coerência e harmonia ao concelho.

Desenvolvimento

Segundo o documento, aprovado no encontro concelhio da CDU, em Loures está-se ainda a «aprofundar o projecto integrado de desenvolvimento na zona Norte, com base no território, paisagem, património, nos produtos únicos, como o vinho e o queijo, na cultura e movimento associativo».

Por outro lado, continua a resolução, «trabalhamos para que Loures seja um concelho cada vez mais forte na área da educação, criando as melhores condições para o desenvolvimento harmonioso das nossas crianças e jovens, com melhores escolas, com actividades potenciadoras do desenvolvimento e integradas na nossa realidade».

A CDU está, de igual forma, a apostar no desenvolvimento cultural, «com respeito e incentivo à preservação das nossas raízes e tradições, bem como incentivando a criatividade dos nossos jovens e das novas expressões culturais e artísticas», e a implementar e manter «um clima favorável à economia e inovação, através da qualidade e celeridade de resposta aos projectos de investimento portadores de criação de valor e de emprego qualificado e da consolidação da rede para a inovação constituída por empresas e universidades».

Por último, destaca-se o investimento no âmbito dos Serviços Intermunicipalizados para a qualificação do serviço público prestado no abastecimento de água, saneamento e recolha de resíduos. «Continuamos a investir na qualificação do serviço de atendimento municipal, garantindo respostas de qualidade e em tempo útil às questões colocadas pelos munícipes».

«Loures Arte Pública»

A Câmara de Loures apresentou, no dia 12 de Maio, à comunicação social, a iniciativa «Loures Arte Pública», que se irá realizar entre 18 e 26 de Junho.

Bernardino Soares, presidente da autarquia, deu a conhecer que o «Loures Arte Pública nasceu na sequência da criação da Galeria de Arte Pública da Quinta do Mocho, que teve como objectivo pôr fim ao estigma social que acompanha o bairro e alavancar uma série de melhorias nas condições de vida dos seus habitantes».

«Esta iniciativa parte da disponibilidade demonstrada pelos artistas de arte pública, baseando-se, sobretudo, em intervenções do género das que existem na Galeria de Arte Pública, mas também em esculturas, instalações, fotografias, entre muitas outras formas de arte urbana», destacou.

Aos jornalistas, o eleito do PCP confirmou a presença, para já, de 80 artistas, «esperando-se que chegue perto de uma centena». A iniciativa irá contar com a presença de «muitos artistas consagrados, oriundos de todo o mundo, mas também terá a participação importante de escolas, associações de reformados e outras entidades, que muito contribuirão para o enriquecimento deste evento», explicou Bernardino Soares.

O presidente da Câmara referiu ainda a importância dos parceiros (Robbialac, Rodoviária de Lisboa, Plural Enternainement e EDP Distribuição) na iniciativa, afirmando que não se trata de patrocinadores mas parceiros que vão ser fundamentais a levar à prática o «Loures Arte Pública».

As intervenções vão decorrer por todo o concelho, «estando ainda os locais a intervencionar a ser articulados com os artistas de acordo com a obra que vão realizar», acrescentou a vereadora com o pelouro da Coesão Social, Maria Eugénia Coelho.

 



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